sábado, 29 de março de 2014

Filme - O labirinto do fauno (2006)

“E já tive tantos nomes. Antigos nomes que só o vento e as árvores conseguem pronunciar. Eu sou a montanha, a floresta e a Terra. Eu sou... Eu sou um fauno. Seu mais humilde servo, sua alteza.”



No recente esquema de assistir filme em pedaços, aproveitando os tempinhos livres (sugestão que deixo aqui), hoje terminei "O Labirinto do fauno", que há alguns anos ouvia falar, mas nunca lhe tinha dado uma oportunidade.

Recomendo desde já!

Com direção e roteiro de Guillermo Del Toro (diretor também de Hellboy), o filme de 2006, apresenta uma intrigante história de suspense, fantasia, esperança e lutas, cuja atuação da pequena Ivana Baquero (Ofelia) - com a qual não há como não se envolver - e a trama como um todo nos leva a refletir sobre nossa realidade e nossas fantasias e esperanças, por meio de simbolismos.

A produção mexicana/espanhola apresenta caráter histórico, ao passar-se na Espanha de 1944, em meio à Guerra Civil Espanhola, cenário esse que se encarrega das doses de violência e opressão, ao lado das conveniências sedutoras (atenta-se aqui ao papel de Carmen), todas essas contrapostas pela resistência e esperança de personagens como Mercedez (Maribel Verdú) e a própria Ofelia, cujos 10 anos de inocência apresentam-se mais poderosos do que aparentam.

O aspecto escuro e sombrio do filme - assim como o personagem do capitão Vidal (Sergi López), símbolo da opressão e insensibilidade - mistura fantasia e violência, em que a relação entre a imaginação e a realidade apresenta-se bastante sutil, nos supondo dúvidas se há de fato separação entre tais mundos, visto tamanha sutileza.

Entre os prêmios e nomeações do longa de 1h52min, pode-se citar o Globo de Ouro, em que recebeu a nomeação de Melhor filme estrangeiro e o Oscar, no qual venceu nas categorias de Melhor direção de arte, Melhor fotografia e Melhor maquiagem.

Em vez de descrever mais detalhadamente sobre o filme, deixo ao fim mais um trecho instigante do filme e alguns links e imagens.
 
No mais, admirou-me bastante ao ler que o filme apresentava limitações técnicas, orçamentárias e de produção. Isso só reforça que uma boa história e o esforço de uma equipe e colaboradores, ambos comprometidos de fato, pode ir muito longe...mais longe do que se imagina!


Trecho: "Obedecer por obedecer, sem pensar, é para homens como o senhor, capitão."

Descrição resumida do filme e crítica: http://www.uarevaa.com/2011/07/o-labirinto-do-fauno.html ou http://www.cineclick.com.br/o-labirinto-do-fauno







Finalizando e continuando no clima dos incríveis efeitos e maquiagens cinematográficos, como as duas imagens acima, fica aqui esse outro link:
http://cafesedentario.com.br/30-atores-irreconheciveis-em-filmes/